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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

O Sublime Peregrino, de Hercílio Maes

 


Bom, primeiramente, devo parabenizar o autor Hercílio Maes (já falecido) e seu colega espiritual Ramatís, que detalham com precisão essa preciosa obra, aspectos até então nunca tratados a respeito da vida de Jesus, especialmente na época da sua juventude, antes dele levar a sua filosofia aos povos. Desmitificações aparecem a todo momento, tanto na parte da "transformação da água em vinho", como na "multiplicação dos peixes". Enfim, é uma obra que vale a pena ser lida e relida.

De qualquer forma, o livro é simples, curto e direto, com perguntas e respostas, esboçados em singelos 31 capítulos, elucidados de maneira tênue e serena. Apropriados para não chocar quem mantém suas convicções a respeito do cristianismo ou de qualquer outra religião.


Formato do livro

Bom, para começar, a obra, nada mais é que livro mediúnico ditado por Ramatís ao médium Hercílio Maes, que busca esclarecer os mistérios em relação a vida do nazareno, baseado em perguntas e respostas.


O Grande Plano

Nos primeiros capítulos dos livros, o tomo se concentra sobre a existência de Jesus, o 'Grande Plano" para a sua vinda, orquestrada pelas entidades angélicas e os eventos ocorridos afim de que a sua "descida" ocorresse de maneira tranquila, o porque do seu comparecimento e a sua relação com Maria.
Destaca-se nessa época, que Ramatís explica (de maneira muito polêmica, ainda não fundamentada pelos historiadores, mas com certeza pelos espíritas e outras religiões) que os judeus praticaram as mais bárbaras atrocidades em nome de seu Deus, liderados por Davi, e que reencarnaram nos tempos dos nazistas, para resgatar os débitos lamentosos do passado. 
Ainda faz uma ressalva sobre a Revolução Francesa, que para construir sua liberdade, igualdade e fraternidade, precisou cometer diversas desumanidades, em prol de pequenos poderes dominantes. Contudo, contraditoriamente, momentos depois dos sangrentos combates, surgiram as bases dos princípios que geririam as futuras democracias.

José, Maria e o local do nascimento

Na metade da obra, é explicado e focado bastante e nos mínimos detalhes, o porquê da Judéia ser o local de nascimento, e não por exemplo a Grécia, Pérsia ou os países árabes. 
De acordo com a obra, a Judéia, por sua incrível capacidade de adaptação a todos os problemas da vida, de um povo muito humilde e hábitos simples, fora o local perfeito escolhido pelo "alto", para o surgimento do nazareno.
Além disso, a relação com seus pais, influenciaram muito no seu modo de agir e pensar quando criança até a adolescência. 
José, mais pulso firme, colocava Jesus na "realidade" da vida e mostrava como as pessoas realmente eram e aprender a lidar com elas.
Maria, mais doce, amaciava o filho e acalmava a rigidez do marido. 

Essênios, os milagres e os últimos dias

Essa fase é a mais polêmica e mística, que muitos historiadores se debruçaram ou ainda debruçam em torno de mais detalhes.
Jesus passou uma boa parte da sua adolescência com os Essênios, segundo a obra, dos 12 aos 30 anos, evitou aparecer em público, e aos 19, José de Arimatéia o fez ingressar profundamente em estudos com os mortos, mais conhecido como a "Cabala". 

Alguns trechos sobre o grupo diz o seguinte:

"Os Essênios também eram peculiarmente hospitaleiros, benevolentes, pacíficos e inimigos de quaisquer desforras ou testemunhos de superioridade; viviam silenciosos, falando o suficiente das preces e pedantismo dos fariseus, o luxo das sinagogas e a dureza dos saduceus. Eram corajosos e leais nas suas relações com os demais homens e sacrificavam facilmente a vida para não quebrar seus votos iniciáticos".

"Os Essênios além de serem reencarnacionistas, também eram avessos à idolatria das imagens."

de acordo com a obra, os Essênios acompanharam Jesus durante a sua adolescência


Questões Principais

Ramatís explica durante ao longo das folhas, que a principal arma que a humanidade tem para vencer o "mal", seria definitivamente o amor, utilizando como base os ensinamentos do mestre.
Sim, é, claro, o objetivo é quebrar paradigmas da vida de Jesus, mas, também, devido a ânsia de saber os mistérios da vida por parte de Hercílio, era saber, além disso, como viver em plenitude com o espírito.

Enfim, é um livro interessantíssimo, esmiuçado e limitado em assuntos específicos para não alargar muito e fugir dos assuntos centrais, porque quanto mais se pergunta, as respostas nunca são suficientes.

Foi como uma frase que ouvi de um colega:

"Ibra, o Universo é infinito, quanto mais procurar, mais quererão encontrar".

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Para terminar, outros livros que abordam a vida de Jesus. 
 

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