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sábado, 9 de junho de 2012

Os Super-Heróis brasileiros


Vocês pensaram que só existiam super-heróis nos Estados Unidos, como Os Vingadores ou a Liga da Justiça ? Estavam enganados.

Durante as décadas de 1950 e 1960, veio a tona os nossos primeiros super-heróis em quadrinhos. De certa forma, eles conseguiram uma certa relevância em torno do Brasil, alcançando pontos positivos em suas vendas. Mas infelizmente, com a forte concorrência dos americanos e por sua incansável influência, a maioria dos leitores brasileiros deixaram de lado os nossos próprios heróis e, aderiram logo em seguida, as revistas estadunidenses.

Com essa dificuldade, especialmente vinda dos americanos, fica estranho achar que ja existiu algum dia, um super-herói brasileiro. Conheça então agora, alguns heróis que foram criados para denfender o nosso país. Alguns caíram no esqueçimento, mas outros ainda estão na ativa.

  CAPITÃO 7 

Capitão 7 para quem não conheçe, foi criado por Rubem Biáfora, na TV Record.

O número "7", é uma alusão ao canal onde era passado a série, tendo Ayres Campos , como representante do herói. O programa estreou em 24 de setembro de 1954 e a princípio, o seriado era realizado ao vivo e depois de um certo tempo, gravado.

Pelo que parece, seu nome verdadeiro é Carlos. Quando criança, Carlos foi levado por alienígenas ao Sétimo Planeta (daí seu codinome), onde cresceu aprimorando corpo e mente. Já adulto, retornou à Terra. Em sua identidade civil, Carlos é um brilhante químico e quando a situação exigia a presença de um herói, ele se transformava no Capitão 7.

Seu arqui-inimigo se chama O Caveira. Quando o bandido Cid, foi capturado pelo Capitão 7, tentou escapar da prisão, mas acabou por destruir seu rosto nas cercas elétricas. Jurando vingança contra o herói que o aprisionou, Cid passa a utilizar uma máscara e assume a identidade de O Caveira.

O Capitão 7 é capaz de voar e se mover com grande velocidade. Também possui super-força e é praticamente invulnerável, além de ser capaz de resistir a ambientes inóspitos (como, por exemplo, viajar através do vácuo). Seus poderes, no entanto, funcionam completamente apenas enquanto estiver utilizando seu uniforme especial, que Carlos mantém guardado em uma caixa de fósforos enquanto se mantém em sua identidade civil. Sempre que necessário, o Capitão ainda pode viajar até o Sétimo Planeta e recorrer à ajuda de seus patronos, donos de uma ciência e tecnologia muitíssima mais avançadas do que as do planeta Terra.

Existe tambem várias comparações, entre o Capitão 7 e o famoso Superman.

RAIO NEGRO


O Raio Negro, foi criado por Gedeone Malagola cuja origem é parecida com a do Lanterna Verde.  O uniforme do herói se assemelha ao do Cíclope dos X-Men, mas segundo Gedeone, o visor usado pelo Raio Negro nada tem haver com o visor do Ciclope e sim com um óculos de um personagem das tiras Terry e os Piratas de Milton Caniff.

Raio Negro foi criado por Gedeone Malagola a pedido de Jayme Cortez. Inicialmente, Gedeone mostrou o Homem-Lua mas esse personagem foi recusado. Para mostrar o que queria, Cortez apresentou a Gedeone revistas dos heróis da DC Comics: Flash, Lanterna Verde e Adam Strange. Dos três, o Lanterna Verde foi o personagem que mais agradou Gedeone e assim ele elaborou a origem do Raio Negro baseada na desse herói. Uma diferença, é que enquanto o americano Hal Jordan (identidade do Lanterna Verde) era um aviador civil, o brasileiro Roberto Salles (o Raio Negro) era um piloto militar da FAB (Força Aérea Brasileira).

Tenente Roberto Salles é um piloto da FAB, e é enviado da Barreira do Inferno, ao espaço numa missão secreta em voo orbital. Encontra e é capturado por um disco voador. No interior da nave, está um ser agonizante chamado Lid, oriundo do planeta Saturno, que o orienta até chegar ao planeta. Mas a espaçonave é atingida por um meteoro, e Roberto salva a vida do alienígina, e em troca (por ter salvo a vida de Lid), recebe um anel de luz negra feito com a energia magnética de Saturno que contém super-poderes.

E assim com esse anel poderoso, prometeu só usar o anel para o bem, assumindo uma nova identidade para combater os criminosos.

Seu principal inimigo é o Capitão Op-Art, cujo nome verdadeiro é Duarte Rodrigues, cientista especializado em robótica, formado na Alemanha e que foi afastados das forças armadas por desequilíbrio mental.

JUDOKA

No final dos anos 60, a editora Ebal publicava no Brasil as aventuras do herói Judomaster, da extinta editora americana Charlton, na revista Judoka. Com o cancelamento da revista americana na sexta edição, a Ebal resolveu criar a versão brasileira do herói. O Judoka com roteiros de Pedro Anísio e ilustrações de Eduardo Baron, estreou na edição 7 da revista.

A origem do herói mostra o adolescente Carlos da Silva salvando um idoso de um atropelamento, para descobrir em seguida que ele é um mestre do Judô, conhecido como Miamoto. Em agradecimento, o mestre decide ensinar os segredos da arte marcial para o rapaz, que passa a combater o crime. Com o tempo, Lúcia, sua namorada, também aprende as técnicas e junta-se a Carlos como heroína.

O Judoka fez bastante sucesso no Brasil e chegou a gerar uma versão para os cinemas. Em 1973 a publicação da revista foi encerrada e, apesar de ter algumas aparições em fanzines e histórias de fãs, nunca mais foi publicado oficialmente.
 

ULTRAX
Seu nome verdadeiro é Carlos Couto, e trabalha como geólogo. Apareceu pela primeira vez no site Quadroid (histórias em quadrinhos virtual, setembro de 2004).

Carlos Couto foi um geólogo em base científica na Antártida. Ela foi atacada e destruída por Sargozz, um vilão alienígina que estava em busca de um mineral precioso da Terra. Carlos foi o único sobrevivente e foi resgatado por Ziggy, um computador que comandou um navio da Patrulha Galáctica. A nave caiu sobre o Pólo Sul, foi severamente danificado e não foi capaz de voar de novo, por isso, para parar os planos malignos de Sargozz e tentar resgatar Hull-Traax, a patrulha do homem que o perseguia com a Terra, Ziggy Carlos recrutados no Galactic Patrol, dando-lhe a farda e as armas de uma patrulha de homens.

Ultrax é capaz de voar, possui maior resistência,  e tem invulnerabilidade (com campo de força-on). Pode tambem disparar raios de energia.

Seus inimigos são o Sargozz e Letha (vilões alieníginas), O Alucinado (um monstro de pele cinza) , o Krah-Niox (uma raça transmorph de um mundo distante).


VELTA

Velta é uma detetive que reside em Belo Horizonte, tem mais de dois metros de altura, cabelos longuíssimos e domina, como ninguém, as artes marciais. E tem mais: ela solta descargas elétricas por todo o corpo.

Velta é a musa das histórias em quadrinhos brasileiras. Amada por seus admiradores e odiada por seus inimigos, vem combatendo o mal desde a década de 1970, quando foi criada pelo quadrinhista paraibano Emir Ribeiro, um cabra que não teve receio de abrasileirar o quanto pode a mitologia dos super-heróis que tanto admirava. Além de um forte apelo erótico, suas histórias foram, desde o princípio, ambientadas no Brasil, com a participação de personalidades nacionais e uma cenografia quase perfeita.

Ao longo dos últimos 34 anos, Velta mudou bastante. Deixou de ser uma simples super-heroína decalcada dos modelos estrangeiros, para assumir personalidade própria. Publicada primeiro em jornais, depois em revistas e fanzines e, finalmente, em álbuns luxuosos e até em livros, Velta construiu um grande público leitor, ansioso por mais histórias dessa inusitada detetive paraibana.